A magia da captação de recursos

Por: Marcos Biasioli
01 Setembro 2003 - 00h00
“Nossa revista vem se transformando num palco de intercâmbio entre aquele que precisa de assistência e aquele que pode assistir. Porém, temos notado, em muitas cartas enviadas à Revista Filantropia, que a velocidade da aproximação entre os atores sociais ainda esbarra em obstáculos que torna moroso o processo do estreitamento.O vilão da marcha lenta da solidariedade, segundo parte de nossos leitores, é sempre o projeto social, traduzindo sempre uma incógnita: como iniciá-lo, construí-lo e divulgá-lo, visando granjear recursos.Não há mito nem segredo, a entidade beneficente é o próprio projeto social, pois dela: (1) se extrai a sua apresentação; (2) identifica a figura de seus dirigentes; (3) a vocação social eleita; (4) classifica quem são os beneficiários da obra; (5) indica o volume de recursos indispensáveis à sobrevivência da obra; e (6) demonstra suas necessidades para atender aos seus fins.Neste diapasão, basta edificar uma entidade social para construir concomitantemente um projeto, porém, para que ele possa ser acreditado, não basta técnicas de marketing para difundi-lo, mas sim a mudança na abordagem ao doador.O doador, antes de acreditar no projeto social revestido, em regra, por fartas brochuras ilustradas, quer conhecer a instituição e saber seu papel no cenário de desenvolvimento humano.É comum recebermos ligações, geralmente na hora da novela global Mulheres Apaixonadas, de empresas de telemarketing, contratadas por certas entidades sociais, para tentar nos persuadir a promoção social por meio de doações. Por melhor que seja o apelo, ele já se tornou odioso, uma vez que interrompeu o prospect da doação, a testemunhar na TV, a vida como ela é, através da morte da personagem Fernanda, em pleno Leblon.O projeto social idôneo é aquele que não incomoda nem atrapalha. Não padece de rogação, nem tampouco de esmolas, que não está refém da construção de mirabolantes brochuras ilustradas, mas sim aquele que possui um grande potencial de atrair, para a sua família de voluntários, homens de boa índole que não vislumbram a promoção pessoal em detrimento da social.A captação de recursos frente às agências financiadoras, objeto da matéria de capa desta edição, não é diferente, pois devemos, primeiro, persuadir os financiadores por meio de uma bandeira de um bom projeto e mostrar que o aporte financeiro perseguido não tutelará descamisados, mas contribuirá para erradicar um sério problema social, convidando-os para, antes de mais nada, conhecer os ideais, ainda que por meio dos recursos derivados da internet, o que certamente viabilizará com mais eficácia a classificação do projeto entre aqueles suscetíveis de socorro.Enfim, nós da Revista Filantropia, arriscamo-nos a discursar que antes da instituição social pedir é muito melhor convidar aquele que pode doar, a dela participar.Boa Leitura!

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