A voz do colaborador

Por: Revista Filantropia
01 Maio 2009 - 00h00

De acordo com a Points of Light Foundation, organização norte-americana que incentiva o voluntariado em todo o mundo, “um programa de voluntariado empresarial é o apoio formal e organizado de uma empresa a empregados e aposentados que desejam servir voluntariamente uma comunidade com seu tempo e habilidades”. Ou seja: é o apoio ao colaborador. É o funcionário quem participa da estruturação de um programa de voluntariado e quem se responsabiliza pelas ações, atuando com o auxílio da empresa. O contrário – uma empresa que determina o encaminhamento das ações de voluntariado e as oferece a seus colaboradores – pode ser muito negativo para a participação voluntária e social. Vejamos o porquê:

  • O programa empresarial deve preservar a participação facultativa, isto é, o engajamento dos funcionários não pode ser imposto. Uma empresa que determina o que e quando seus funcionários farão atividades voluntárias cria um vínculo de participação obrigatória e o distancia da solidariedade inerente a essas ações;
  • O trabalho não deve ser recompensado, de forma direta ou indireta – a recompensa por essas ações, além de descaracterizar a atividade voluntária, faz com que colaboradores engajados e outros com menos interesses “solidários” entrem em um conflito direto, prejudicando as ações voluntárias e até mesmo o trabalho remunerado;
  • O empregado determina, junto com colegas, o público de interesse – a motivação é um elemento fundamental em um programa de voluntariado empresarial. Mesmo que o público a ser beneficiado, determinado pelos colaboradores engajados com as atividades voluntárias, não seja o de interesse da empresa na relação com a comunidade, é a possibilidade de escolha que traz o sucesso e a perenidade das atividades.
  • Empresas nem sempre determinam ações “sociais” como mote do voluntário – exemplos de empresas que tentam envolver seus funcionários em atividades adequadas a interesses comerciais resultam, invariavelmente, em descrédito por parte do colaborador e no enfraquecimento das iniciativas voluntárias na empresa. O programa precisa ser um espaço democrático no qual os voluntários possam debater os rumos a serem seguidos, influir nas decisões, ter a certeza de que o programa pertence aos funcionários.

Destacamos alguns pontos que determinam efetivamente o “naufrágio” ou a falta de adesão a um programa de voluntariado empresarial, porque a experiência do Centro de Ação Voluntária de Curitiba mostra que o insucesso de um programa de incentivo ao voluntariado em um período determina a falta de engajamento às ações sociais da empresa por um longo período. Ao se implantar, desenvolver e apoiar um programa de voluntariado em uma empresa, é preciso ter em mente que o programa pertence aos colaboradores e são eles que determinam o encaminhamento das ações. Não faltam ferramentas para proporcionar esse engajamento que, além de trazer satisfação pessoal para os colaboradores, ainda implicam em benefícios junto à comunidade para a empresa.

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