Faculdades Abertas da Terceira Idade

Por: Revista Filantropia
01 Março 2003 - 00h00
As Faculdades Abertas da Terceira Idade – FATIs - têm conquistado nos últimos anos uma posição marcante junto à população idosa. Esse grupo etário, independentemente da faixa social, vem construindo um novo paradigma na forma de encarar a velhice - usufruir o tempo conquistado para escrever uma história que vá além do cuidar dos netos, do tricô, do crochê e da solidão maior.

A nova geração de idosos antevê uma longevidade mais intensa graças aos avanços da medicina e às conquistas sociais. Busca, então, fugir da solidão e da depressão ao complementar os laços afetivos, ao criar novos vínculos de amizade e ao poder compartilhar situações de vida semelhantes. Pertencer a um grupo que permita a atualização de conhecimentos, a participação social na vida da comunidade, enfim, a inclusão social poderia por si só bastar. Mas não!

Muitas das FATIs têm proporcionado como “disciplina acadêmica” a construção de um Novo Projeto de Vida que inclui a discussão sobre o idoso, seus direitos, o exercício da cidadania e o trabalho voluntário.

Nesse enfoque, cabe ressaltar o trabalho realizado na FATI da cidade de São Bernardo do Campo, coordenado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania. Com o tema, Voluntariado - um Exercício de Cidadania, abordado pelo grupo de alunos da pós-graduação (o curso de graduação é composto de 4 semestres e após este período os alunos não querem deixar o convívio conquistado), desenvolve-se um conteúdo que abrange Realidade Social, Terceiro Setor e Trabalho Voluntário. Para que o trabalho teórico fosse colocado em prática, elaborou-se a proposta de ação comunitária junto ao Asilo São Vicente de Paulo, no próprio município. O foco do atendimento foi escolhido pelos alunos. O projeto delineou-se após visita ao asilo e entrevistas com os dirigentes. Constatou-se a necessidade de construir uma atividade com as pessoas que lá residem. Optou-se, então, por criar um canto de leitura. Teve início a coleta de livros, escolha de textos, ensaios para as leituras, organização do espaço e divisão das equipes dos facilitadores às segundas-feiras. Projeto pronto, mãos à obra!

A surpresa foi quando os residentes, mais do que ouvir histórias e poemas, queriam contar suas histórias. A sensibilidade do grupo de facilitadores foi precisa. Fecharam os livros e se puseram a ouvir, a escutar fascinados as histórias ali surgidas. Estabeleceu-se o vínculo. E daí para outras atividades foi um pulo. Integraram-se nas festas dos aniversariantes do mês, de Natal, de São João e tantas outras. Campanhas de produtos de higiene e perfumaria e por aí afora.

Os dois grupos vêm construindo uma relação de troca. Ambos ganham nessa relação. Os residentes preparam-se para os encontros ao procurarem sozinhos os prazeres da leitura. Os facilitadores, a cada encontro, relatam as atividades realizadas, os seus sentimentos, as suas sensações. Os relatos chegam à sala de aula e são compartilhados com os demais alunos. Vão para casa e são compartilhados com as famílias. Está sendo escrita uma nova história...

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