Instituto Ayrton Senna

Por: Jaqueline Januzzi
01 Janeiro 2007 - 00h00

Pouco tempo antes de morrer, em meados de 1994, Ayrton Senna compartilhou com sua irmã, Viviane Senna, o desejo de realizar algo pelas novas gerações do país que ele tanto amava. A conversa parou por aí, mas depois do trágico acidente que vitimaria um dos maiores ídolos nacionais, Viviane, com o apoio da família, resolveu realizar o sonho do irmão e fundou o Instituto Ayrton Senna (IAS) naquele mesmo ano.
A iniciativa tinha como principal objetivo ajudar crianças e jovens – os quais ele considerava as principais vítimas de nossa sociedade desigual – a se desenvolverem integralmente. Se por um lado o Brasil desponta como a 12ª economia mundial em Produto Interno Bruto (PIB), do outro, amarga a 69ª posição em desenvolvimento humano. Essa diferença faz com que o Brasil seja um país onde uma pequena parcela da população pode usufruir as oportunidades que, na verdade, deveriam ser garantidas a todos.

Resultados
Segundo Viviane, “o grande desafio que o instituto enxerga é vencer essa distância entre a nação bem-sucedida e aquela que não oferece as condições mínimas de desenvolvimento humano para seus cidadãos”.
Em 12 anos de atuação, pode-se dizer, seguramente, que a meta do instituto está sendo alcançada. A cada ano, cerca de 1,5 milhão de atendidos têm suas vidas transformadas, totalizando, desde a fundação do instituto, 6.545.794 crianças e jovens, além da capacitação de 343.420 educadores de 12.035 ONGs, escolas e universidades parceiras de 1.368 municípios e em 25 estados. Nesse período, foram investidos mais de R$ 146 milhões em programas sociais.
A presidente completa: “Conseguimos implementar mudanças radicais na cultura educacional de municípios e estados inteiros. Nossas crianças e jovens superam suas dificuldades de aprendizagem, recuperam o tempo perdido em repetências e avançam na vida escolar com êxito, podendo vislumbrar um futuro diferente.”

Atuação consciente
As soluções educacionais são desenvolvidas pelo instituto em grande escala, dentro e fora da escola. Na educação formal, destacam-se os programas Acelera Brasil, que trabalha a aceleração de aprendizagem; Se Liga, que combate o analfabetismo; Gestão Nota 10, que atua na área de gestão escolar; Circuito Campeão, que acompanha os resultados nas séries iniciais do ensino fundamental; e Sua Escola a 2000 por Hora, que trabalha o uso criativo da tecnologia. Na educação complementar, estão os programas Educação pelo Esporte, Educação pela Arte e SuperAção Jovem, que utilizam, respectivamente, o esporte, a arte e o trabalho diferenciado com a juventude para oferecer oportunidades de desenvolvimento a meninos e meninas.

Fonte de recursos
Todos esses anos de realizações fizeram com que o instituto fosse reconhecido por seu trabalho, inclusive internacionalmente. “A nossa atuação é positivamente avaliada em nosso país e fora dele. A Unesco nos concedeu, em 2003, a Cátedra em Educação e Desenvolvimento Humano, posicionando o instituto como uma referência mundial nessa área, como um centro de reflexão, pesquisa e produção de conhecimento. O IAS é a primeira organização não-governamental em todo o mundo a receber este título, normalmente concedido a universidades e centros de excelência em determinado campo do conhecimento”, orgulha-se Viviane.
Para realizar esse trabalho, além de contar com uma equipe técnica e com parceiros comprometidos com a causa, o instituto recebe os resultados dos 100% dos royalties obtidos com o licenciamento da imagem de Ayrton e do personagem Senninha, doados pela família. Outra fonte de renda são as alianças estratégicas junto a grandes empresas socialmente responsáveis que querem investir na viabilização das novas gerações. Atualmente, são cerca de 80 empresas aliadas. Além disso, colaboradores colocam sua expertise em favor da causa infanto-juvenil, pequenas e médias empresas parceiras investem recursos em suas ações e pessoas físicas fazem doações pelo site.
“O Instituto é a realização do sonho de Ayrton, por isso cito uma frase dele: ‘Eu penso muito sobre tudo, não posso evitar, vou de uma idéia para outra. E todos esses planos viram um sonho, que vejo crescer, progredir, vejo pessoas felizes através deles. Principalmente crianças.’”, finaliza a presidente do IAS

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