Cada vez mais tem caído por terra a ideia de que é preciso comandar com mãos de ferro para que os objetivos de uma empresa ou organização social sejam plenamente alcançados. Senso colaborativo, espírito de equipe e habilidade no trato com as pessoas, por exemplo, podem ser – e efetivamente são – soluções muito mais eficazes e capazes de gerar melhores resultados.
Seja no meio acadêmico, profissional ou mesmo no ambiente familiar, a liderança é um aspecto que se faz constantemente presente no dia a dia. No Terceiro Setor, assim como também ocorre no campo empresarial, este é um assunto que sempre rende muita discussão, pois traz à luz as questões da “chefia” e da motivação das equipes de colaboradores e voluntários.
Ao assumir a responsabilidade pela condução de um grupo de trabalho, além de considerar os objetivos que a organização pretende alcançar, é necessário que aqueles que estejam sob sua coordenação o ajudem e se ajudem entre si, com disposição e boa vontade, a enfrentar os desafios e os problemas que aparecerão durante a realização de suas atividades.
Embora a ideia e a importância de “cativar” a equipe pareçam atitudes óbvias para um gestor, isso nem sempre acontece. Grande parte da resistência enfrentada pelo “chefe” decorre da postura que ele assume diante de sua equipe. Se sua postura for autoritária, de alguém que vive dando ordens e exigindo obediência por parte de seus colaboradores, não resta dúvida que haverá oposição. No entanto, se houver um posicionamento mais equilibrado e senso de parceria, e não de superioridade, não há razão para uma atitude negativa por parte dos profissionais.
A chegada de um novo “chefe” normalmente é acompanhada por uma boa dose de apreensão, pois isso pode trazer uma série de mudanças dentro do departamento, incluindo a possibilidade de corte de mão de obra. No entanto, não é essa a finalidade principal deste profissional.
Ele deve ser compreendido como o responsável pela condução dos negócios – independentemente da área de atuação da organização – e pelo alcance de seus objetivos. Mas, para que ele consiga realizar suas atividades de acordo com o plano da organização, depende de uma equipe. Sozinho, sejamos realistas, ele não fará nada, ou fará muito pouco. A equipe (a “sua” equipe) é peça-chave para o sucesso de seu trabalho – é uma relação de ganha-ganha.
Para que haja esse entendimento, é essencial que o profissional se apresente de maneira positiva, como um verdadeiro líder, e não como um chefe.
CHEFEManda e fiscaliza. |
LÍDEROrienta e acompanha. |
No ambiente profissional, existem algumas diferenças que determinam o papel do chefe e o do líder. “O conceito de chefia vem agregado a uma responsabilidade de coisas técnicas, de ditar as regras e de controlar”, afirma Marília Fiuza, instrutora licenciada da Sociedade Brasileira de Coaching (SBC). “A figura do chefe está atrelada ao cargo, à autoridade pela função. Já o líder, independentemente do cargo que ocupe, consegue delegar tarefas, estimular pessoas e motivar sua equipe”, diz a especialista.
A diferença entre um chefe e um líder é que o chefe diz “Vá!” e o líder diz “Vamos!”. George Edward Maurice Kelly |
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As pessoas perguntam qual é a diferença entre um líder e um chefe. O líder trabalha descoberto, o chefe trabalha encapotado. O líder lidera, o chefe guia. Franklin Roosevelt |
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Um líder é alguém que Margaret Thatcher |
Já o líder é aquele que orienta as pessoas que o cercam e as estimula a fazerem aquilo que é proposto – e não imposto. Ele pede a colaboração dos demais profissionais, além de se mostrar sempre aberto a considerar e a avaliar possíveis contestações e novas ideias. Sua postura é mais voltada à participação e ao envolvimento de todos de sua equipe, e sua atuação remete à ideia de motivação, respeito, conquista, atenção e construção de um ambiente harmônico em prol dos objetivos coletivos, enquanto o chefe carrega consigo a ideia de opressão e intimidação.
Para a personal life coach Ivani Manzzo, a diferença entre ambos pode ser apenas semântica, uma vez que o chefe também pode ser um bom líder. “No entanto, o problema é o efeito que o nome pode causar em algumas pessoas. Ser chamado de chefe pode dar a impressão errada de que “ele é quem manda”. Agora, o líder pode despertar o sentido de responsabilidade, da capacidade de liderar, cativar e se fazer acreditar”, explica.
É inegável que os bons resultados de uma organização começam com uma boa liderança, capaz de estruturar adequadamente sua equipe de trabalho e orientá-la para a busca pelo melhor resultado possível.
“É essencial que os líderes estejam preparados para gerar desenvolvimento, isto é, para aprender a partir de erros e adaptação ágil frente às inovações e mudanças”, diz a psicóloga e coach executiva Elizabeth Soares. “Para obter um grupo alinhado e proativo, é preciso que cada integrante saiba qual é seu papel dentro da organização e o que deve fazer na prática para obter o resultado final desejado. Quando a liderança comunica suas metas de maneira clara, fica mais fácil para cada um perceber se suas ações estão contribuindo ou não para o objetivo almejado”.
Um líder que não estabelece parâmetros objetivos para sua equipe dá margem à desorientação e à perda de foco. Além de comunicar as metas, ele também precisa apresentar ou criar, com o apoio de sua equipe, os “planos de trabalho”, bem como oferecer retorno constante aos seus liderados (feedback).
Para gerar aprendizado e construir uma equipe de alta performance, os erros precisam ser encarados pela liderança como oportunidade de melhoria. “No lugar de ‘bronca’, o colaborador deve receber uma conversa que avalia suas atitudes e suas ações em função do objetivo esperado. O líder consegue conduzir a conversa de modo que o liderado perceba que o que está em julgamento é a situação, não ele próprio”, destaca Elizabeth.
Com uma equipe bem estruturada e alinhada aos objetivos da organização, liderada por alguém com mente aberta e disposição para o trabalho em equipe, a chance de sucesso é enorme.
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